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Alienação parental: Guia completo!

A alienação parental é um fenômeno que afeta crianças e adolescentes em situações de separação ou divórcio dos pais, onde um dos genitores ou ambos utilizam manipulação e estratégias prejudiciais para criar sentimentos negativos em relação ao outro genitor. 

Essa forma de violência psicológica tem consequências significativas no desenvolvimento emocional e relacional dos menores afetados. 

Por isso, é essencial compreender o que caracteriza a alienação parental, suas consequências, bem como as medidas disponíveis para prevenir e combater esse problema.

Acompanhe mais detalhes neste sumário: 

  • O que é a alienação parental?
  • O que configura uma alienação parental?
  • Quais são as consequências da alienação parental para o menor?
  • Como se defender e onde denunciar a alienação parental?

Boa leitura! 

O que é a alienação parental?

A alienação parental é um termo utilizado para descrever a situação em que um dos genitores (ou ambos) manipula a criança ou o adolescente com o objetivo de criar sentimentos negativos em relação ao outro genitor. 

Essa manipulação pode ocorrer de várias maneiras, como desqualificando a imagem do parente, falando mal dele constantemente, impedindo ou dificultando o contato da criança com a outra parte, entre outras formas de comportamento prejudicial.

Vale mencionar que geralmente ela ocorre em casos de separação ou divórcio dos pais, quando há um conflito entre eles. 

Desse modo, o genitor alienador pode usar a criança como uma forma de vingança ou como uma ferramenta para obter vantagens no processo de divórcio, buscando afastá-la emocionalmente do outro genitor.

Os efeitos da alienação parental podem ser prejudiciais e devastadores para a criança ou o adolescente, causando problemas emocionais, baixa autoestima, dificuldade nos relacionamentos interpessoais e até mesmo afetando o desenvolvimento saudável do menor. 

Além disso, a alienação parental é considerada uma forma de violência psicológica contra a criança e uma violação dos direitos de convivência familiar.

Em muitos países, incluindo o Brasil, este tipo de manipulação é reconhecida como um problema sério e é considerada uma forma de abuso emocional. 

A legislação em vários países possui medidas para combater a alienação parental, visando proteger o bem-estar da criança e promover o contato saudável com ambos os genitores.

No próximo tópico confira o que configura uma alienação parental e previna-se dos seus efeitos! 

Vamos lá?

O que configura uma alienação parental?

A alienação parental pode se manifestar de várias maneiras e envolver uma série de comportamentos por parte do genitor alienador. 

Alguns exemplos comuns que configuram essa alienação incluem:

  • Desqualificar o outro genitor: o genitor alienador desqualifica a imagem do outro genitor perante a criança, dizendo coisas negativas sobre ele/ela, criticando suas ações, competências ou características pessoais.
  • Restringir o contato: quando se impede ou dificulta, intencionalmente, o contato da criança com o ex-cônjuge, seja por meio de restrições físicas, como negar visitas ou contato telefônico, ou por meio de restrições psicológicas, como desencorajar a criança a falar com o genitor.
  • Manipulação de informações: neste cenário o alienador distorce informações e fatos, apresentando uma versão tendenciosa dos eventos para influenciar a percepção da criança.
  • Envolver a criança em conflitos: quando um dos pais envolve a criança nas disputas e conflitos, expondo-a a discussões, brigas ou conflitos de maneira inadequada para sua faixa etária.
  • Descumprimento de acordos ou decisões judiciais: o genitor alienador não cumpre com as determinações legais ou acordos estabelecidos em relação à guarda, visitas ou outros aspectos relacionados à convivência com a outra parte envolvida.

É importante destacar que a mera discordância entre os pais ou a manifestação de críticas construtivas não são consideradas alienação parental. 

Para que haja alienação parental, é necessário que exista uma intenção clara de prejudicar o relacionamento entre a criança e o outro genitor, com ações sistemáticas e prejudiciais ao bem-estar emocional do menor. 

Dessa maneira, a análise dos comportamentos deve ser feita caso a caso, levando em consideração as circunstâncias específicas e o impacto no desenvolvimento e na saúde emocional da criança ou adolescente. 

Por falar nisso, vamos descobrir a seguir quais são os efeitos dessa ação e porque ela tão prejudicial. 

Vem comigo! 

Quais são as consequências da alienação parental para o menor?

As consequências da alienação parental podem ser significativas e duradouras na vida das partes envolvidas. Alguns desses efeitos incluem:

  1. Dificuldades emocionais e psicológicas: a criança pode experimentar uma série de dificuldades emocionais, como ansiedade, depressão, baixa autoestima e problemas de confiança. Ela pode sentir-se confusa, dividida entre lealdade ao genitor alienador e o desejo de ter um relacionamento saudável com a outra parte.
  2. Problemas de relacionamento: a alienação parental pode afetar a capacidade da criança de estabelecer e manter relacionamentos saudáveis ​​no futuro. Ela pode ter dificuldade em confiar nos outros, formar vínculos emocionais estáveis ​​ou lidar com conflitos interpessoais.
  3. Afastamento do genitor alienado: a criança pode se distanciar gradualmente dos genitores devido à manipulação constante. Isso pode resultar em um relacionamento enfraquecido ou até mesmo na perda do vínculo afetivo com os pais.
  4. Impacto no desenvolvimento saudável: esse tipo de manipulação pode interferir no desenvolvimento saudável da criança. Ela pode apresentar dificuldades acadêmicas, problemas de comportamento e atrasos no desenvolvimento emocional e social.
  5. Sentimentos de perda e luto: a criança pode sentir um profundo sentimento de perda e luto. Essa perda pode causar angústia e tristeza.

Vale mencionar que cada criança reage de maneira única à alienação parental e que as consequências podem variar em intensidade e duração. O apoio adequado, como terapia familiar ou individual, pode ajudar a mitigar os efeitos negativos e auxiliar a criança a lidar com os desafios emocionais resultantes da alienação parental.

Mas, como se defender dessa manipulação? 

Continue lendo e elimine de vez essa dúvida! 

Como se defender e onde denunciar a alienação parental?

Se você suspeita ou está passando por um caso de alienação parental, é importante buscar ajuda e tomar medidas para proteger a criança e restabelecer um ambiente saudável para seu desenvolvimento. 

Aqui estão algumas etapas que você pode seguir:

  1. Converse com um profissional: procure aconselhamento jurídico e psicológico para entender melhor a situação e receber orientação adequada sobre como lidar com a alienação parental. Um advogado especializado em direito de família pode ajudar a esclarecer seus direitos legais e as opções disponíveis.
  2. Documente as evidências: mantenha um registro detalhado de todas as ocorrências relacionadas à alienação. Isso pode incluir mensagens, e-mails, registros de chamadas telefônicas, fotos, vídeos ou qualquer outra evidência que comprove a manipulação ou as ações prejudiciais realizadas pelo genitor alienador.
  3. Busque a mediação ou terapia familiar: em alguns casos, a mediação familiar ou a terapia familiar podem ajudar a resolver conflitos e estabelecer acordos saudáveis ​​para o bem-estar da criança. Essas abordagens podem ser úteis para promover a comunicação e encontrar soluções que atendam aos interesses de todos os envolvidos.
  4. Denuncie à autoridade competente: dependendo do país, existem diferentes órgãos e instituições responsáveis pela proteção dos direitos da criança e pela resolução de casos de alienação parental. No Brasil, por exemplo, a Lei da Alienação Parental (Lei nº 12.318/2010) prevê que a alienação parental é um ato ilícito e estabelece as medidas a serem tomadas. Você pode procurar a Defensoria Pública, o Ministério Público, a Vara de Família ou a Polícia Civil para denunciar o caso.
  5. Busque ação legal: se as medidas anteriores não forem eficazes ou se a situação representar um risco iminente para a criança, você pode buscar ação legal. 

É essencial lembrar que cada caso de alienação parental é único e requer uma abordagem específica. Portanto, é recomendável buscar orientação legal e profissional para encontrar a melhor estratégia de defesa no seu caso particular.

Conclusão

Que tal relembrar o que vimos até aqui? Com este post você adquiriu informações valiosas sobre a definição e os efeitos da Alienação Parental. 

Além disso, você também viu como se defender e preservar a saúde física e psicológica do menor envolvido.  

Tenho certeza que com tudo que te apresentei hoje, vai ficar duas vezes mais fácil se prevenir e buscar alternativas saudáveis para solucionar esse tipo de violência. 

Isso porque aqui foi possível descobrir:

  • O que é a alienação parental
  • O que configura uma alienação parental
  • Quais são as consequências da alienação parental para o menor
  • Como se defender e onde denunciar a alienação parental

Até a próxima!